quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sistemas de controle administrativo - ferramenta: GLOSA


Glosa médica é o termo que se refere ao não pagamento, por parte dos planos de saúde, de valores referentes a atendimentos, medicamentos, materiais ou taxas cobradas pelas empresas prestadoras (hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros) e profissional liberal da área de saúde.
 É uma prática cada vez mais comum e representa um problema crescente em toda a rede particular de saúde, gerando prejuízos milionários as empresas e profissionais liberais que prestam atendimento aos pacientes de convênio.
A ocorrência de glosas está condicionada a uma série de questões que variam entre fatores administrativos, técnicos ou financeiros. Os motivos para glosa são:

  • Ausência ou checagem incorreta
  • Material ou procedimentos utilizado não prescrito e ou devidamente justificados
  • Prontuários  incorretos e ou incompletamente preenchidos
  • Ausência de CID
  • Ausência de identificação e carimbo da equipe de enfermagem ou medico
  • Procedimentos realizados descritos de forma incorreta ou incompleta



 Colega é o seguinte, cada convênio tem um formulário de glosa específico. Logo, entre em contato com o convênio em questão e solicite que os mesmos enviem para você. Normalmente, eles costumam enviar estes cartões no ato do credenciamento ou fornecem junto com as guias TISS. 

De posse do formulário e de posse do manual do prestador (no caso, o hospital, manual este muitas vezes disponível via internet) você deve ver o código da glosa e corrigir o que é solicitado neste formulário (ás vezes o procedimento é glosado por causa de erros no preenchimento da guia TISS, tais como : número da carteirinha, código do procedimento, ... que são erros de correção mais simples; agora erros como os que designam falta de documentos e laudos dão um pouco mais de trabalho...).          

Para evitar a glosa, uma das atitudes a ser tomada é impedir que os cadastros sejam feitos de forma equivocada ou até mesmo duplicados. Para isso, utilizar um sistema integrado capaz de cruzar as informações de diversos computadores ao mesmo tempo pode ser a solução para esse tipo de erro. Dessa forma, se alguma clínica possuir mais de uma unidade, o cadastro do paciente se torna único e pode ser buscado pelo nome, CPF ou outro documento, o que ajuda a evitar que convênios neguem pagamentos por erros de cadastro.  
                                          
Outra medida aplicável é fazer a checagem dos dados do paciente quando este solicitar um serviço – o próprio atendente pode evitar que convênios neguem pagamentos por erros de cadastro ao fazer essa conferência. Caso alguma etapa esteja desatualizada, como um endereço, por exemplo, basta que o atendente altere a informação. Também é preciso ficar atento aos dados do procedimento, como o número do pedido e tipo de entrada/saída, pois erros nesse estágio são as causas mais comuns de um glosa.

Ao reconhecer um item glosado, o prestador tem um prazo determinado para recorrer da decisão do convênio. O convênio, por sua vez, avalia o pedido em um prazo de até 2 meses a partir do pedido do prestador de recorrer da decisão. Por isso, identificar essas glosas com agilidade é essencial. Na maior parte dos casos, o controle é feito manualmente e o volume de contas a se conferir impede que os recursos sejam gerados a tempo.

Atualmente, definir diretrizes internas que venham a reduzir a ocorrência de glosas e agilizar o processo de análise das contas hospitalares a fim de evitar prejuízos é um dos grandes desafios das empresas prestadoras.Todos os meses o prestador deve organizar suas contas médicas para enviar aos convênios a fim de receber o valor devido naquela competência (período determinado pelo convênio, normalmente de um mês). Após reunidas e divididas, as contas são enviadas juntamente com uma planilha TISS/XML que discrimina todos os itens pelos quais o prestador espera receber e os valores de cada procedimento realizado, material ou medicamento utilizado. Quando o convênio realiza o pagamento por determinada competência, devolve ao prestador suas contas acompanhadas pelo demonstrativo de retorno (a lista completa de todos os itens pelos quais pagou). As contas que estão fora desta lista são os itens glosados, ou seja, pelos quais o convênio optou por não pagar ou pagar parcialmente.

Cabe ao analista de contas médicas do prestador confrontar os registros de todas as suas cobranças com os itens do demonstrativo enviado pelo convênio para identificar quais foram as glosas. Cada convênio dá ao prestador a oportunidade de recorrer de sua decisão, a partir de um formulário de recurso. Esse é um processo por vezes realizado manualmente e de difícil execução, o que pode acarretar em prejuízos elevados aos prestadores, pois muitas vezes o analista não consegue elaborar os recursos dentro do prazo estabelecido.

Fontes 


Imagens: Google images

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