Universalidade – saúde como um direito de todos, com acesso
universal -,
Igualdade (equidade e universalidade) – fornecer serviços iguais para todos, priorizando segundo o nível de carência e assegurando direito
a participação social de todos e assim descentralização do poder.
Integralidade – tratar o ser humano como um todo –
considerando que saúde não e somente ausência de doença, mas sim o completo bem
estar psicológico, físico, social e espiritual de um ser.
Tem como característica básica o fato de ter sido criado a
partir de um movimento da sociedade civil e não do estado, de governo ou de
partido.
O maior desafio do Sistema Único de Saúde hoje, é político,
porque garantir financiamento para um sistema, que tem que passar por um
conjunto de negociações e de interesses no Congresso Nacional, no Executivo, no
pacto de federação com estados, municípios, União, implica em uma decisão
essencialmente política. É preciso redefinir as relações público-privadas. O
SUS sustenta muitos dos serviços do setor privado, particularmente os planos de
saúde. Os tratamentos mais caros vão para o SUS e não para os planos de saúde
que são pagos. Ou ainda se formos considerar que no sistema de saúde, na sua
relação público/privado, o estado brasileiro faz renúncia fiscal, ou seja,
deixa de recolher impostos que as pessoas, as famílias ou as empresas deveriam
fazê-lo. Com isso está dando subsídios ao setor privado para que ele venha
crescer. Essa relação é eminentemente política e, portanto, vai precisar de um
acúmulo de forças para modificar essa situação que não é favorável ao SUS. Se
temos como perspectiva do SUS a proposta de avanço da universalidade para a
equidade, e se queremos reduzir as desigualdades, precisamos modificar a
distribuição de renda. Esses exemplos são ilustrações de que um desafio muito
grande do SUS é político. Se quisermos mudar o modelo de atenção para garantir
a integralidade e não ser um sistema voltado exclusivamente para hospitais e
tecnologias de alta densidade de capital, mas garantir direito à saúde pela
integralidade da atenção, essa também é uma decisão política que vai envolver
profissionais de saúde que foram formados com uma determinada lógica e que
terão que redefinir as lógicas e racionalidades que orientam seus processos de
trabalho. A sociedade precisa saber dessas contradições e entendimentos no
sentido de se mobilizar para garantir seu direito à saúde.
Imagens: Google images
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